A Guiné-Bissau é um país localizado na costa ocidental de África entre o Senegal e a Guiné Conacri. Para além do território
continental, o país inclui ainda cerca de oitenta ilhas que constituem o arquipélago
dos Bijagós. A Guiné-Bissau estende-se por uma área de baixa altitude, sendo o
interior formado por savanas e a costa por planícies pantanosas. O país tem um clima
tropical, com um período de chuvas que alterna com outro de seca, com ventos
quentes vindos do deserto do Sara.
Foi colónia de Portugal, desde o século XV até à independência, conhecida
como Guiné Portuguesa. O primeiro europeu a lá chegar foi Álvaro Fernandes em 1446,
quando o território fazia parte do reino de Gabu, tributário do Império Mali. 1963
marcou o início de uma feroz luta armada pela autodeterminação, liderada por Amílcar
Cabral, cujos triunfos militares permitiram a declaração unilateral da
independência em 24 de setembro de 1973, reconhecida por Portugal no ano
seguinte. Duas décadas depois, deram-se as primeiras eleições multipartidárias,
pondo fim a um regime de partido único, de inspiração marxista-leninista. No
entanto, o país tem vivido uma sucessão de golpes de estado e de guerras civis,
com o narcotráfico a tomar proporções assustadoras.
Um dos países mais pobres do mundo, a Guiné-Bissau é fortemente dependente
da agricultura e da pesca. É o nono produtor mundial de caju, exporta peixe e mariscos
juntamente com amendoim e madeira. As licenças de pesca e algum turismo
ecológico nos Bijagós são outras fontes de receitas do país. A Guiné-Bissau
também possui petróleo numa zona de exploração conjunta com o Senegal.
A população da Guiné-Bissau é constituída por mais de vinte etnias, com
línguas e costumes distintos. A única língua oficial da Guiné-Bissau, o português,
é falada por apenas 14% dos guineenses, enquanto 44% se expressam em crioulo.
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