sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A VERDADE A PROVA DOS NOVE DEMONSTROU QUE A MENTIRA TEM PERNAS CURTAS



2013-10-19

A VERDADE

A prova dos nove demonstrou que a mentira tem pernas curtas
 
Encontro com os Presidentes das Comissões Políticas eleitos, serviu de uma prova dos nove que demonstrou que a mentira tem pernas curtas

O Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” analisa resultados saídos das conferências sectoriais do PAIGC e reconfirma in lo quo os seus Presidentes eleitos.
 
Depois de dar a conhecer os resultados das conferências sectoriais realizadas recentemente em todas as regiões do país, o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” convocou todos os Presidentes das Comissões Políticas que foram eleitos em listas afectas ao Projecto, principalmente os que foram mencionados como fazendo parte da lista tornada pública pela candidatura de Domingos Simões Pereira em alguns blogs e jornais digitais.
 
Durante esta sessão de esclarecimento, presidida pelo camarada Braima Camará, candidato à Presidência do PAIGC com o apoio do Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, ele deixou bem claro que “mais vale sabermos que estamos poucos, mas certos e honestos neste projecto do que centenas a tentarem jogar com a nossa honra e dignidade”, para logo acrescentar que “é absolutamente necessário termos calma e paciência e um elevado espírito de tolerância para que possamos atingir plenamente os nossos objectivos e isso passa por uma conduta séria, onde os princípios da ética e da moral devem ser elementos preponderantes”.
  
Na ocasião, Braima Camará, afirmaria ainda que “era um homem de princípios, humilde, e firme em questões que tocam a honra e a dignidade do homem, daí ter convocado expressamente esta reunião para saber, olhos nos olhos, onde cada um integrante deste Projecto se situava, pois para mim não se trata de uma luta de vida ou de morte, mas sim um exercício democrático no seio de um Partido com responsabilidades acrescidas, em busca de uma liderança capaz de catapultar, não só o nosso PAIGC como o próprio país, nos caminhos do sucesso, da modernidade e com elevada capacidade operacional para que possa continuar a dar a sua inestimável contribuição no processo de desenvolvimento político, económico e social no nosso país”.


Para Braima Camará, “a resposta que hoje aqui me foi dada, anima-me e encoraja-me a prosseguir esta difícil mas nobre missão que me foi solicitada por um significativo número de dirigentes do nosso Partido e milhares dos seus militantes espalhados no conjunto do país”.
 
Apesar de terem tentado branquear os resultados que publicamos, fruto de um trabalho minucioso e sério, houve candidaturas que tentaram confundir os nossos militantes, ao fazerem publicar e circular listas nas quais davam conta da sua forjada vitória, fazendo constar nomes de alguns Presidentes das Comissões Políticas, eleitas em listas afectas ao nosso Projecto nas diferentes Conferências Sectoriais e de Zona, tentando desacreditar o nosso Projecto e por em causa a nossa seriedade e dignidade” afirmaria ainda Braima Camará, para logo acrescentar que “esta reunião que convocámos em menos de 48 horas, fez convergir a Bissau, todos os que sentiram-se afectados na sua honra e dignidade e a resposta que nos foi dada de forma categórica, demonstrou-nos que estamos no bom caminho, daí a nossa satisfação pelo facto de conjuntamente conseguirmos dissipar e esclarecer eventuais dúvidas que pudessem subsistir quanto à representatividade de cada uma das candidaturas junto às estruturas do Partido e em particular para com o nosso Projecto”.
  
Um exemplo claro desta indignação veio na voz de Braima Seidi, um velho Combatente da Liberdade da Pátria, eleito Presidente da Comissão Política do Sector de Mansabá e cujo nome constava de uma candidatura adversária, ao afirmar que “nunca e em circunstância nenhuma ter falado ou pertencer ao projecto de nenhum outro candidato e foi com bastante estranheza, raiva e surpresa que recebeu a notícia de que o seu nome constava na lista dessa candidatura, visto que estava desde a primeira hora comprometido com o Projecto que apoia Braima Camará, mesmo sem o conhecer pessoalmente, mas sim, através de dirigentes que o contactaram para o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva, para logo acrescentar a terminar que “este projecto já ganhou a confiança da Região de Oio e tem a certeza absoluta que Braima Camará ganhará a Presidência do PAIGC no Congresso de Cacheu”.
 
Outro Presidente da Comissão Política do Sector de Mansoa, Braima Djassi “Costa” foi muito claro na sua afirmação sobre o Projecto que abraçou, ao declarar que “fui dos primeiros a ser contactado e desde a primeira hora estive com o Projecto que apoia Braima Camará e declaro aqui perante todos que sou e serei sempre deste Projecto e fazer constar o meu nome como integrante de um outro projecto, sem o meu aval, é uma falta de respeito e de consideração que não admito nem tolero”.
Para Henrique Iaia Fati, o novo Presidente eleito da Comissão Política de Nhacra, “fazer constar o meu nome na lista publicada pela candidatura de Domingos Simões Pereira, é um acto abusivo e desonesto e quero aqui declarar que não sou nem nunca fui afecto a esta candidatura”.
 
O Presidente eleito da Comissão Política de Buba, Armindo da Silva Sambú, cujo nome também consta da lista publicada pelo “Progresso Nacional”, considerou na sua intervenção que “era preciso termos cuidado com a estratégia dos nossos adversários que desesperados tentam fazer com que os nossos nomes constem da sua lista para nos fazer dividir e criar um mal-estar no nosso seio, mas a mentira e a intriga têm pernas curtas, pois nós estamos no caminho da verdade e só a verdade e a dignidade nos podem conduzir a vitória, que já está perto”.
Malam Mané, eleito em Contuboel, declarou que “ao fazerem constar o meu nome na lista de Simões Pereira sem o meu consentimento só pode ser considerado uma atitude desonesta e oportunística, acto inaceitável e que deve ser denunciado como uma pirataria” e a terminar afirmou que “desde o primeiro dia que fui contactado passei a integrar de corpo e alma o projecto que apoia Braima Camará à Presidência do PAIGC”.
 
Por seu turno, Garcia Mabaia Sanca, eleito Presidente da Comissão Política de Bambadinca, cujo nome constava igualmente da lista publicada por uma candidatura adversária, “desde que fui contactado para apoiar o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” disse sim e aí me mantive até hoje, pois devem com certeza confundir a minha disponibilidade de, na minha qualidade de Representante do Partido no Sector recebo e organizo as visitas de todos os candidatos, sem escolher a ou b, mas enquanto projecto a minha opção foi sempre clara, escolhi e estou no Projecto de Braima Camará e tudo o resto é falso e um abuso quando utilizam indevidamente o meu nome”.

O Presidente da Comissão Política de Tite, Braima Djassi, também constante da lista publicada pelo blog “Progresso Nacional” por uma das candidaturas *a liderança do PAIGC, afirmou na sua intervenção que “não sou nem nunca fui um integrante da lista de Simões Pereira e sinto-me afectado na minha honra e dignidade, daí estar revoltado por esta falta de respeito e de consideração, pois dentro do nosso partido deve haver seriedade e dignidade e não trapaças, pois este tipo de atitude é que faz com que o PAIGC esteja sempre a ter problemas. Declaro perante todos aqui, que desde a primeira hora estou com Braima Camará”.

Malam Fati, Presidente reeleito da Comissão Política do Círculo 29, “posso até intentar uma queixa-crime contra as pessoas que fizeram constar o meu nome numa lista de candidatura que em nenhum momento falou comigo a este propósito e eu sou um homem sério que não admite que o meu bom nome seja manchado, pois sou livre para fazer a minha escolha e quando me comprometo tenho ética e moral para respeitar o meu compromisso”.
FOTE http://braimacamara.net/?n=68d524ce-37f8-11e3-ba46-bcaec50a65da

Militares angolanos invadem sudoeste do Congo. Em Moçambique, mantém-se tensão entre RENAMO e Governo. Na Alemanha, está a crescer a onda de protestos contra a política de asilo.

http://www.dw.de/18-de-outubro-de-2013-manh%C3%A3/a-17166810

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

As coisas estão acontecendo…, e os sinais estão bem patentes. Mas infelizmente todos fecham os olhos e fingem que nada se passa. Algo vai acontecer estes dias. Algo extremamente duro e penóso.



A Guiné Bissau está descontrolada no seu todo.
Começando nos seus dirigentes até ao cachorro mais infectado possivél.
Porque não é possivél que todos estejam parados e silenciósos com tanta porcaria e tanta maldade e ao mesmo tempo tanta nojice.

Estamos a viver e a ver nestes últimos tempos, a maior de todas as corrupções…, uma governação em que ninguém respeita a ninguém na representação da hiérarquia…, vemos uma desordem total nas nossas estradas…, vemos pessoas a serem mortas injustamente…, vemos desvios de dinheiro a cada dia que passa nos cofres do estado…, vemos o enriquecimento ilicíto de pessoas de um momento para o outro…, vemos as verdades a serem escondidas, a justice a não funcionar, e muita falta de profissionalismo e de conhecimento nos postos de trabalho…, crianças a serem raptadas, NEGOCIOS  DE ORGAOS HUMANOS,  estrangeiros a darem ordens aos nossos dirigentes e governantes…, caramba, como é que chegamos a este ponto.   
Ninguém é ninguém na Guiné Bissau, perdemos a noção do perigo e das coisas.

Cada qual está no seu posto apenas para roubar e ninguém pensa no povo.
Para isso, Cadogo jr. que regresse ao poder, porque pelo menos, a ele as pessoas o temiam e ele mantinha sempre a ordem.  Infelizmente, o guineense esta habituado a andar com o mal e a fazer o mal…………., e no fim ganhamos e hérdamos o mal, porque sempre vivemos no mal e com o mal.      Nós estamos habituados a nos enganarmos a nós próprios e a usar- nos  uns aos outros, e quando a pessoa fica seca…, é descartada.

Vejamos o caso concreto no seio do PAIGC, aqueles que eram amigos intimos no passado, hoje são inimigos ferronhos.
Infelizmente, na Guiné-Bissau, como diz muita gente,  consta que há mais mortos fora do que no interior dos cemitérios.

As únicas pessoas que vão matando e que são mortas ou espancadas, são únicamente e exclusivamente os do PAIGC…, eles é que roubam, mentem, desviam, enganam, inventam, orquestram, dessimulam, e no final de tudo…, Matam.   

Vejamos:
-          Amilcar Cabral…, entre eles do PAIGC o mataram…, mas quem foi que criou essa cobra??? Essa máquina mórtifera?  Foi o próprio Amilcar
-         Depois de isso vieram logo execuções sumários a fim de encontrar bodes expiatórios.
-         No dia 10 de Março de 1976, fuzilamento aos olhos da população de Cantchungo de 3 homens. Entre eles estaria o Regúlo dos Mandjacos- Joaquim Baticam Ferreira e Didi Ferreira( Comandos ).

-         Em 1978, dá- se o assássinato de Tchico Té………….., mas, Braima Dakar, Constantino Teixeira, deveriam ter sido chamados como culpados a barra de justice, mas, as coisas foram abafadas porque existia muita coisa a levar em conta na corrida e nos interesses ao poder.
-         Em 1981, Lay Seck morre nas celas prisão do ministério do interior…, o ministro de Interior na altura…, era o Manuel Saturnino da Costa.  Alguma coisa a dizer???
-         Em 1982, começa o maior COMPLÕT de todos os tempos contra os oficiais BALANTAS e que culminaria com o fuzilamento e a morte de muitos deles- Caso 17 de Outubro………., e no meio de tudo isso, são conhecidos os principais orquestradôres, torturadóres e executóres, Iafai Camará, Manuel Saturnino Da Costa, Vitorino Costa, João da Silva, Djón Mané, João Monteiro, Ansú Mandjan, Robalo de Pina, Manecas dos Santos, Afonso Té…, Pedro Ramos, Francisca Pereira,  e por aí fora, a lista é vasta…, mas muitos ou alguns que teriam participado na montagem…, posteriormente vieram a ser incluidos na lista para o fuzilamento…., seria o caso de Pedro Ramos e João da Silva.    Recordam- se em como João da Silva foi morto??? E por quem?    Robalo de Pina, foi quem disparou e matou Djón da Silva em cima da KANKRA.    Razões:  Porque ele teria ditto que iria meter a boca no trombone e dizer que nunca existiu nenhuma tentativa de golpe de estado mas sim uma falsa MONTAGEM no qual ele teria participado.    Logo, logo, ordens de cima: MATEM- NO.  E assim foi.

-         1986 Fuzilamento de Paulo Correia, Viriato Pam, Watna Sambu, Binhankém Na Tchanda, Braima Bangurã e Pedro Ramos- Posteriormente os corpos são atirados através de um hélicoptero para o rio FARIM devido a um MITO.., coisa de africanos.  Anos depois, apresentam óssadas dizendo que eram deles- MORTOS.
-         Assassinato do major Robalo de Pina, assessor de “Nino” Vieira, por militares  (17 de Maio de 1993)

-         Assassinato do jornalista português Jorge Quadros, assessor de imagem de “Nino” Vieira, alegadamente por ordem da segurança bissau-guineense (Novembro de 1993).
-         Levantamento militar comandado pelo Brigadeiro Ansumane Mané que dá origem à guerra civil (7 de Junho de 1998).  Muitos inocentes são mortos e executados.
-          Homicídio por espancamento de Nicandro Barreto, Ministro da Administração Territorial e antigo Procurador-geral da República. Estava a par de muitos dossiers altamente comprometedores, designadamente um relativo ao levantamento militar de  7 de Junho de 1998, que nunca foi encontrado. (22 de Agosto de 1999)

-         Assassinatos do CEMGFA, General Veríssimo Seabra e do seu adjunto Ten. Cor. Domingos Barros, por espancamento, alegadamente por um motim de militares que tinham estado na Libéria integrados numa força das Nações Unidas. A revolta teria sido desencadeada por falta de pagamento dos salários     (6 de Outubro de 2004).   Ter em conta, quem governava o país na altura.   Cadogo jr., e era do PAIGC???  Vamos pensar de novo?

-         Assassinato de Mohammed Lamine Sanhá, apoiante de Mané, ex-membro da Junta Militar e ex-CEMA (6 de Janeiro de 2007)
-         Assassinato do CEMGFA, Tagme na Waie, vítima de um atentado bombista (1 de Março de 2009).
-         Assassinato do Chefe de Estado, “Nino” Vieira, a tiro e à catanada (2 de Março de 2009)
-         Assassinatos de Baciro Dabó e de Hélder Proença, políticos, tidos por próximos do falecido Presidente  Nino Vieira (5 de Junho de 2009)
-         Assassinato por desconhecidos do ex-chefe dos serviços secretos militares, Coronel Samba Djaló, pouco depois do fecho das urnas (18 de Março de 2012)
-         A execução de Iaiá Dabó.
-         Em finais de 2012, Roberto Cachéu é executado a sangue frio, QUEIMADO VIVO.

Se análisarmos tudo isto, estas mortes…, assássinatos, foram todas originadas pelo PAIGC.  
Eu Doka Pergunto:

Até quando???   Ninguém faz nada?
Estamos a viver os piores momentos de todos os tempos.
Na Guiné Bissau, ninguém faz nada, porque apenas temos incompetentes e corruptos nos lugares ou em certos lugares chaves.

Chega…, basta, precisamos de um MESSIAS…, um ENVIADO.
Guineenses precisam de Socorro urgente.


Porque neste momento, durante os dias do congresso do PAIGC, vai haver derrame de sangue…, alguém vai ser abatido, e algo se vai pasar em Bissau.
Fonte: http://dokainternacionaldenunciante.blogspot.com.br/2013_06_01_archive.html?m=0

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Padre se Revolta Com a Igreja Católica e Desabafa Durante a Missa e Elogia os Evangélicos


Induta: "Carlos Gomes Jr deu-me ordens para mandar executar João Bernardo Vieira"

Segunda-feira, 7 de Maio de 2012

 




A DESPREZÍVEL ELITE GUINEENSE

Numa quarta-feira, 6 de Outubro de 2010, no Ditadura do Consenso, de António Aly Silva, jornalista guineense, em Bissau, foi publicada a peça que aqui reproduzimos, em que é revelado por Zamora Induta ao Procurador-Geral da República da Guiné-Bissau que o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior lhe ordenou “para mandar executar o presidente João Bernardo Nino Vieira”, dessa denúncia o PGR deu conhecimento ao então presidente da República, Malam Bacai Sanha, recentemente falecido em França.

O documento vale o que vale. É a elite da Guiné-Bissau no seu pior no que diz respeito à podridão de valores e de princípios que ostenta, comprovando o seu desprezo pela vida humana, pelos direitos dos seus concidadãos, pelo seu país, pela história da libertação do jugo colonial português, pelos heróis que com membros do seu corpo e com a sua vida escreveram nas bolamas páginas de sangue que há anos estão a ser espezinhadas, desprezadas, pelos que herdaram os proventos da luta, um país que deveria ser livre, pacífico, do povo, e não de uns quantos que tomaram abusivamente os poderes a que retiram a dignidade. Uma desprezível elite guineense.

Será verdade o que consta na carta? Será mentira? Será mais uma jogada política? Sobre documento vindo da Guiné-Bissau e com origem num dos que demonstrou ser tão putrefacto quanto os seus pares da elite assassina e antidemocrática guineense nem sabemos no que acreditar. Mais sensato será, simplesmente, deixar à apreciação dos que a quiserem ler. (Leandro Vasconcelos, do PG)

“Procuradoria-Geral da República

Sua Excelência Senhor
Malam Bacai Sanha
Presidente da República

Assunto: Processo nº10/2010 assassinato do então Presidente da República João Bernardo Vieira; processos relativos aos casos 4 e 5 de junho: assassínios de Hélder Proença e Baciro Dabó respectivamente.

Excelência,

No âmbito dos processos acima referenciados, atendendo o ponto a que se chegou com a investigação, bem como as implicações políticas que poderá acarretar, entendo ser meu dever trazer, ao conhecimento da Vossa Excelência para a necessária e devida ponderação, os factos relevantes que se conseguiu apurar.

Com efeito, as últimas audições de alguns cidadãos permitiram ao Ministério Público recolher informações sobre os autores materiais do homicídio do então Presidente da República, General João Bernanro Vieira, pois alguns deles assumem a sua perpetração.

Os pormenores de preparação e perpetração do crime, consiste resumidamente no seguinte:

No seguimento do atentado ocorrido no dia 1 de março, no Estado Maior general das Forças Armadas, que vitimou o então CEMGFA, General Batista Tagmé Na Waié, foram concentrados militares na sede do Estado Maior, entre os quais um grupo vindo do Batalhão de Mansoa. Passado algum tempo, o então Vice-CEM da Marinha, José Zamora Induta ordenou a formatura, os referidos militares no largo do Estado Maior, para explicar o sucedido, e comunicar-lhes o decesso do então CEMGFA.

À mesma formatura, informou que o Primeiro-Ministro Carlos Gomes Jr deu-lhe ordens para mandar executar o Presidente João Bernardo Vieira, com o fundamento de que em caso de este não ser executado num período de 24 horas, todas as chefias militares iriam sofrer as consequências.

Na sequência deste discurso, o comandante José Zamora Induta, deu ordens aos 6 militares vindos de Mansoa que estavam na referida formatura para irem executar a operação.

Refere-se que integravam o grupo o Major Martinho Djata, que comandou a operação; o soldado José Sana Sambú; 2º Sargento Bicut Tchuda; Alferes Buam Na Dum; 2º Sargento Solnaté N’cuia; Furriel Wassat Besna.

Segundo declararm unanimemente os 6, deslocaram-se viatura dupla cabine ara a residência do malogrado Presidente, onde chegaram entre as 2 e as 3 da manhã. Ao chegarem a residência do Presidente Nino Vieira para o cumprimento da missão depararm com uma outra força militar vinda da Marinha, também instruídos para a mesma missão pelo então Vice-CEM da Marinha José Zamora Induta com o mesmo propósito da eliminação física do PR.

Todavia, o grupo de 6 militares do exército comandados pelo Major Marinho Djata assumiu o protagonismo na eliminação f´sica do PR Nino, ficando o grupo da Marinha encarregue de controlar o perímetro onde se iria desenrolar a operação.

As portas da resiência do PR Nino foram arrombadas com tiros e algum tiroteio que se ouviu foi mais para afuguentar pessoas do local e repelir qualquer eventual força que pudesse obstar o cumprimento da missão.

Os homens comandados pelo Major Martinho Djata, penetraram na residência do PR que, entretanto, se encontrava escondido com a esposa, tendo sido encontrado deitado no chão ao lado da cama debaixo da qual também se encontrava a esposa que foi descoberta algum tempo depois.

O Presidente foi conduzido para a sala de visitas onde foi sentar-se numa cadeira para, depois, ser morto a tiros.

De referir que os militares, só se aperceberam que a esposa do senhor Presidente afinal se encontrava debaixo da mesma cama, ao lado da qual encontraram o Presidente, já depois de terem conduzido este para a sala; porém, antes de o executarem, foram retirar a esposa debaixo da cama, tendo o comandante da operação ordenado que a conduzissem ara a casa de um familiar que morava nas redondezas.

Segundo as declarações dos militares, a esposa do ex-Presidente não presenciou o momento do cometimento do crime e a morte do PR Nino Vieira foi ocasionada pelos tiros que desferiram, ou seja, negaram categoricamente terem torturado o PR antes da sua morte. Negaram, ainda, ter utilizado outras armas tipo catana ou machado, precisando que no acto da execução só se utilizou armas de fogo.

Das declarações dos 6 militares resulta que um outro grupo teria penetrado na residência do PR, após a morte deste, infligindo mutilações à catanada ao corpo da vítima.

Conforme as declarações destes implicados, os autores morais do homicídio do R João Bernardo Vieira, o actual CEMGFA Contra-Almirante José Zamora Induta, e o Primeiro-Ministro Carlos Gomes Jr.
A audição do CEMGFA para ser feita implica segundo a legislação penal que o mesmo terá que constituir um Advogado.

Ora, atendendo a situação da prisão em que se encontra, na sequ~encia do Caso 1 de Abril, esta questão deverá ser devidamente aquilatada. Por outro lado, o Ministério Público necessita ouvir o Primeiro-Ministro em autos, com as implicações jurídico-político advenientes.

II – Casos 4 e 5 de Junho

Quanto aos casos 4 e 5 de Junho, na sequência dos quais foi morto os então candidato à presidência da República e o ex-Ministro da Defesa, senhores Baciro Dabó e Hélder Proença respectivamente, dos autos de inquérito resultaram fortes indícios de que foram executados por um grupo de militares comandados pelo Capitão e Membro da Contra-Inteligência Militar, Pansau Intchama, sob ordens expressas do Contra-Almirante José Zamora Induta, conforme o testemunho do senhor Coronel Samba Djaló, comandante da Contra-Inteligência Militar.
O Capião Pansau Intchama, encontra-se, desde algum tempo a esta parte em Portugal, alegadamente por motivo de formação militar, frequentando o curso de capitães.

Afigura-se ao Ministério Público que a audição do Capitão Pansau Intchama é de extrema importância para o apramento da verdade dos factos, pelo que já iniciou diligências no sentido de pedir a sua extradição.

Olhando para o quadro global da situação e do panorama emergente dos acontecimentos do 1 de Abril, acreditamos que o momento político exige uma intervenção veemente e cuidada de Sua Exelência Senhor Presidente.

O Procurador-Geral da República - Amine Michel Saad”

1 comentário:

Anónimo disse...
- «O documento vale o que vale. [...] Será verdade o que consta na carta? Será mentira? Será mais uma jogada política? Sobre documento vindo da Guiné-Bissau e com origem num dos que demonstrou ser tão putrefacto quanto os seus pares da elite assassina e antidemocrática guineense nem sabemos no que acreditar. Mais sensato será, simplesmente, deixar à apreciação dos que a quiserem ler.»
(Leandro Vasconcelos, no "Página Global", em 07Mai2012 09:56)

Reproduz-se a opinião do Comandante Guilherme Almor de Alpoim Calvão (remetida por email em 08Mai2012 11:26):
- «A tentativa de incriminação do Primeiro-Ministro, que, como os factos demonstraram, não tinha comandamento sobre os militares, é uma construção política sem pés nem cabeça. O capitão Pansau, no depoimento que prestou, nunca se referiu a Induta mas sim a Indjai. Induta foi nomeado CEMGFA para ser derrubado pelo António Indjai, que o Governo foi obrigado a engolir. O reaparecimento desta peça, ajuda à tentativa dos golpistas de não querer repôr a legalidade constitucional. Era do conhecimento geral a ojeriza que Malan Bacai Sanha dedicava a Carlos Gomes, que tinha ganho a votação para a chefia do PAIGC e o ajudou lealmente a ganhar as presidenciais. Também deixo uma pergunta, de que o Povo da Guiné sabe a resposta: quem conduzia à distância o narcotráfico?; quem o conduz agora? O tempo clarificará tudo. Entretanto, reponha-se a legalidade constitucional e não se apoiem os golpistas nem os seus mentores, Senegal e Burkina Faso - a que se juntou agora Conakry, para realizar o sonho francês de finais do séc.XIX, i.e. a eliminação da Guiné-Bissau que seria dividida pelo rio Geba, ficando o N para o Senegal e o Sul para Conakry. Sekou Touré bem o quis. Felizmente em Dacar restava Senghor com "sa petite goute de sang portugais".»
Fonte: http://paginaglobal.blogspot.com.ar/2012/05/induta-carlos-gomes-jr-deu-me-ordens.html

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Netos de Bandim em Mauá

02/10/2013
Grupo africano de dança e música se apresenta em Mauá
Projeto Intercâmbio Educacional e Cultural Brasil/Guiné-Bissau começou nessa terça-feira e segue até o próximo domingo.


Evandro Oliveira/ PM

O grupo Netos de Bandim fará apresentações até domingo em Mauá
Sob o som da percussão do grupo guineense Netos de Bandim, a abertura, realizada no Teatro Municipal de Mauá, reuniu secretários municipais, professores e representantes de grupos ligados ao movimento negro do município, numa promoção da Prefeitura de Mauá, através da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Educação.
Neste sábado (5), das 10h às 12, os artistas sobem ao palco do Teatro Municipal de Mauá, apresentando toda a sua musicalidade. A entrada é franca.
Até o próximo domingo (6), o grupo Netos de Bandim estará em Mauá apresentando músicas e danças típicas do país, além de participar de rodas de conversa e oficinas culturais com educadores da rede, professores e alunos do projeto Oficinas Culturais, da Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer.

O evento marca as comemorações do 40º aniversário de independência de Guiné-Bissau, ao mesmo tempo em que difunde a história e a cultura afro no mundo. “Essa é a segunda visita ao Brasil – a primeira foi em 2011 - e pretendemos estreitar cada vez mais nossos laços com Mauá”, comenta o coordenador do  programa Africanidade, da Rádio Jovem de Guiné-Bissau, Júlio António Aponto Té.

Ele e o colega moçambicano Egor Vasco Borges representam o Africanidade em Marília, interior do Estado em parceria com a Prefeitura local. O coordenador do grupo Netos de Bandim, Ector Diógenes Cassamá, explica que 120 pessoas integram a entidade, fundada há 13 anos e que além da proposta cultural, desenvolve intenso trabalho social em Guiné-Bissau. 
     
“Quando tive contato com esse projeto me encantei. Em Mauá já temos realizadas várias ações junto à rede de ensino nesse sentido. No dia 10 deste mês iremos eleger a primeira diretoria do Conselho Municipal de Igualdade Racial, além da elaboração do Plano Municipal de Políticas de Igualdade Racial”, citou a secretária de Educação, Lairce Rodrigues de Aguiar.

A secretária destaca ainda a participação da Prefeitura no IV MULHERES LÍDERES EM EDUCAÇÃO, ou 4th Women Leading Education – Conference Apam, sediado em Gana, na África, de 24 a 28.  As funcionárias Rosangela Malachias, assessora técnica, e Elizabeth Santos, coordenadora pedagógica, apresentam o projeto “Lentes da cidadania”, desenvolvido pelo Grupo de Trabalho Gênero, Etnia e Diversidade.

Agenda – O Intercâmbio Brasil/Guiné-Bissau engloba de oficinas culturais e rodas de conversa a visita aos principais pontos históricos e culturais de Mauá. As ações acontecem no Centro de Formação de Professores Governador Miguel Arrais, das 9h às 12h e das 14h às 17h, com os temas: “O (a) Dançarino (a) e o processo da expressão cultural (criação)”, e “Leitura da arte e dramatização dos espaços”.  As oficinas também serão estendidas à sede do projeto Oficinas Culturais.  

No dia 4 (sexta-feira), das 14h às 18h, no Centro de Formação de Professores, haverá o Encontro Cultural – Troca de experiências, com grupos de hip hop, grafite, escola de samba e apresentação da dança maculelê do grupo Filhos de Gandhi. O encerramento será domingo (6), com um roteiro cultural e histórico das 9h às 12h a equipamentos como o Museu Barão de Mauá, capela da Santa Casa de Misericórdia (que reúne pinturas de Emeric Mercier), Parque Ecológico do Guapituba e Parque Ecológico Gruta de Santa Luzia.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Mauá
Secretaria de Comunicação Social
03/10/2013 17:31

domingo, 6 de outubro de 2013

DROGA: Chefias militares guineenses na mira

http://ditaduradoconsenso.blogspot.com.ar/

Artígo de opinião: Droga e chefias militares na mira


Funcionários do Departamento de Estado americano mantiveram, à margem da 68ª A.G. das Nações Unidas, um breve encontro com o presidente interino guineense Serifo Nhamadjo .

Invariavelmente, com Serifo Nhamadjo a servir-se de «mensageiro» das preocupações de Washington a Bissau, funcionários do Departamento de Estado americano mantiveram, recentemente e à margem da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, um breve encontro com o presidente interino guineense.

Na agenda, o processo de transição em curso na Guiné-Bissau, país onde, na sequência de novas eleições gerais, aparentemente previstas para Novembro próximo, Washington aguarda o retorno à normalidade democrática, com a instituição de um novo «Poder» que possa pôr cobro aos desmandos e à corrupção que tomou conta das estruturas governamentais e das casernas militares.

É que a administração Obama não parece disposta a abrir mão da determinação de levar à justiça americana as chefias militares e governamentais envolvidas com as redes do narcotráfico na Guiné-Bissau. Esta determinação ficou pois patente, de acordo com fontes americanas, no encontro que a secretária de Estado assistente para as questões africanas, Lindda Thomas Greenfield, manteve em Nova Iorque com o presidente interino da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo.

Greenfield quis, através de Nhamadjo, inteirar-se dos preparativos do processo eleitoral em curso no país, que Washington acredita poder vir a resultar, pela via das urnas, na eleição de um novo e legítimo governo.
Em causa está a urgente retoma da cooperação com Bissau, susceptível de resultar na responsabilização judicial da liderança do eixo da cocaína nesse país oeste-africano.

Para já, hipótese que, com o actual poder em Bissau, Washington encara como inexequível, em face da inépcia demonstrada pelo governo de transição bissau-guineense saído do golpe militar de 12 de Abril de 2012, liderado por António Indjai. Fazendo fé nas nossas fontes, a recente promoção de um grupo de oficiais militares, que inclui o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o general António Indjai, e algumas outras figuras implicadas no narcotráfico, particularmente no caso que culminou em Abril deste ano, na detenção do chefe de armada bissau-guineenses, Bubo Natchuto, constitui apenas a peça de um puzzle a denotar um claro desinteresse de Bissau em dar luta a este fenómeno que infesta as instituições governamentais e castrenses do país.
De resto, a emissão de um documento oficial, cuja autoria e atribuída ao «governo bissau-guineense», que dá do aval aos militares para a importação de armamentos, nomeadamente mísseis terra-ar, destinado aos guerrilheiros da FARC na Colômbia (aliás, peça da acusação formal norte-americana que impende sobre Bubo Natchuto e António Indjai), constitui para Washington a prova cabal das facilidades e conexões que as redes do narcotráfico gozam nas esferas do poder em Bissau.

O facto de nenhuma diligência ter sido feito por Bissau para o apuramento das responsabilidades do envolvimento de sectores do governo do primeiro-ministro, Rui Barros, na emissão do documento que avalizava a operação serviu apenas para confirmar as suspeitas norte-americanas. E pois com este fito que os Estados Unidos da América aproveitaram a estada de Serifo Nhamadjo em Nova Iorque para reiterarem a sua intransigência em relação às chefias militares do país envolvidas no eixo da cocaína na Guiné-Bissau.
Recorde-se que, já no ano passado, à margem da anterior Assembleia Geral das Nações Unidas, o Presidente da República de Transição da Guiné-Bissau recebera emissários do Departamento de Estado norte-americano, com a estrita missão de lhe comunicarem a determinação de Washington em estender a operacionalidade das «Drones», naves não tripuladas, ao espaço aéreo bissau-guineense, no combate às rotas da cocaína na África Ocidental, que têm servido de fonte de financiamento aos grupos extremistas islâmicos que operam na região.

Facto curioso é que, já por essa altura, os Estados Unidos da América, através da sua Agência de Combate ao Narcotráfico (DEA), tinham em fase avançada de implementação a operação que culminaria em Abril de 2012 na detenção do então chefe de estado da armada guineense, o contra almirante José Américo Bubo Natchuto, por envolvimento com o narcoterrorismo e na indiciação, pelo mesmo crime, do actual Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses, o general António Indjai.

Washington estaria igualmente na posse de informações sensíveis sobre a actividade de grupos radicais islâmicos, nomeadamente a Al Qaida do Magreb, e de intermediários do grupo guerrilheiro colombiano, as FARC, na região, particularmente na Guiné-Bissau.
Se dúvidas ainda persistiam quanto ao descrédito do poder instituído em Bissau junto da administração norte-americana, o que foi dito ao presidente da transição durante a sua recente deslocação a Nova Iorque, para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas, contribuiu de forma inequívoca para a clarificação da posição de Washington em relação ao caso.

É que, durante a sua estada em Nova Iorque, Serifo Nhamadjo viu-se privado da escolta protocolar dos serviços secretos americanos, instituição que por norma assegura a protecção das altas entidades dos países membros da ONU que se desloquem àquela cidade americana por ocasião da assembleia magna daquela organização internacional.

Apesar do pedido nesse sentido feito pela missão diplomática da Guiné-Bissau junto das Nações Unidas, a resposta de Washington foi um «não» redondo à representação de um governo interino que, por sinal, os Estados Unidos da América não reconhecem.

Por Nelson Herbert
Fonte: Publicado no Semanário Angolense